O Dia das Mães, celebrado no Brasil em 11 de maio de 2025, é uma das datas mais queridas do calendário, marcada por almoços em família, presentes e mensagens emocionantes. Mas você sabia que essa celebração tem raízes em cultos antigos e que sua criadora tentou abolir a data? Desde festivais gregos em homenagem a deusas até sua oficialização no Brasil por Getúlio Vargas, o Dia das Mães carrega uma história rica e surpreendente. Neste artigo, reunimos cinco curiosidades que vão te encantar e fazer você ver essa data com outros olhos. Prepare-se para compartilhar essas histórias com quem você ama!
1. Origem em Cultos Antigos
A ideia de homenagear as mães remonta a milhares de anos, com raízes em celebrações pagãs que reverenciavam a maternidade e a fertilidade.
Mães Divinas
Na Grécia Antiga, por volta de 700 a.C., os gregos organizavam festivais na primavera para Reia, a mãe dos deuses do Olimpo, como Zeus e Atena. Esses eventos incluíam oferendas, danças e rituais para celebrar a fertilidade e a criação. Os romanos, mais tarde, adotaram uma tradição semelhante, honrando Cibele, conhecida como a “Grande Mãe”, com o festival Hilaria, realizado em março. Essas celebrações, cheias de simbolismo, destacavam o papel central das mães na sociedade e na natureza.
Conexão Moderna
Essas tradições pagãs influenciaram celebrações cristãs na Europa medieval. No Reino Unido, a partir do século XVII, o “Domingo das Mães” (Mothering Sunday) era observado na Quarta Semana da Quaresma, quando famílias se reuniam para homenagear mães e a Virgem Maria. Esse costume, inicialmente religioso, pavimentou o caminho para o Dia das Mães moderno, mostrando como a reverência às mães transcende épocas e culturas.

2. Anna Jarvis e a Rejeição à Data
A versão moderna do Dia das Mães, como conhecemos hoje, nasceu nos Estados Unidos, mas sua criadora acabou se voltando contra a própria criação.
A Criadora
Anna Jarvis, uma ativista americana, iniciou a campanha pelo Dia das Mães em 1908, inspirada pela morte de sua mãe, Ann Reeves Jarvis, uma defensora da saúde materna e da paz durante a Guerra Civil Americana. Anna queria uma data para honrar o amor e o sacrifício das mães, começando com um evento em Grafton, Virgínia Ocidental. Sua campanha ganhou força, e, em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio como o Dia das Mães nos EUA, uma tradição que se espalhou pelo mundo.
O Arrependimento
O que Anna não esperava era a comercialização desenfreada da data. Nos anos 1920, ela ficou horrorizada com a transformação do Dia das Mães em um evento lucrativo para floriculturas, fabricantes de cartões e lojas de presentes. Jarvis passou a criticar abertamente a “exploração” da data, chegando a organizar protestos e até ser presa em 1925 por perturbar a ordem pública durante um evento comercial. Ela tentou, sem sucesso, abolir o Dia das Mães, morrendo em 1948 sem filhos e desapontada com o rumo de sua criação. Essa ironia histórica mostra como até as melhores intenções podem ser transformadas pelo mercado.

3. Oficialização no Brasil
No Brasil, o Dia das Mães tem uma história própria, marcada por influências políticas e religiosas.
Decreto de Vargas
O Dia das Mães foi oficializado no Brasil em 1932, por um decreto do presidente Getúlio Vargas, estabelecendo o segundo domingo de maio como a data oficial, em linha com os Estados Unidos. A escolha refletiu a crescente influência cultural americana no Brasil, mas também o desejo de Vargas de promover valores familiares durante a Era Vargas (1930-1945). A data foi incorporada ao calendário nacional como uma forma de celebrar o papel das mulheres como mães e pilares do lar, em um período de fortalecimento das políticas sociais.
Influência Religiosa
A criação da data no Brasil contou com o apoio da Associação Cristã de Moças (ACM) e da Igreja Católica, que viam na celebração uma oportunidade de reforçar valores cristãos, especialmente a figura da Virgem Maria como mãe ideal. Eventos religiosos, como missas especiais, e atividades comunitárias, como chás e homenagens, marcaram as primeiras comemorações. Essa mistura de política, religião e cultura moldou o Dia das Mães como uma data profundamente enraizada na identidade brasileira.
4. Diferenças pelo Mundo
O Dia das Mães é celebrado globalmente, mas as datas e tradições variam, refletindo a diversidade cultural de cada país.
Datas Variadas
Enquanto o Brasil e os EUA comemoram no segundo domingo de maio, outros países têm suas próprias datas:
- México: 10 de maio, uma data fixa marcada por serenatas e festas familiares.
- Egito: 21 de março, coincidindo com o início da primavera no hemisfério norte.
- Noruega: Segundo domingo de fevereiro, adaptado ao calendário local.
- Rússia: Último domingo de novembro, com foco em homenagens comunitárias.
Essas variações mostram como cada cultura adapta a celebração às suas tradições e calendários, mas o amor pelas mães permanece universal.
Tradições Únicas
Alguns países têm costumes peculiares. Na Tailândia, o Dia das Mães, em 12 de agosto, coincide com o aniversário da rainha Sirikit, considerada a “mãe da nação”, e inclui desfiles e oferendas de jasmim. No Japão, as mães recebem cravos vermelhos, símbolo de amor, em eventos familiares no segundo domingo de maio. Essas diferenças destacam a riqueza cultural da data, que une o mundo em torno de um sentimento comum.

5. Impacto Econômico e Social
O Dia das Mães não é apenas uma celebração emocional — é também um evento econômico e social que reflete mudanças na sociedade.
Boom Comercial
No Brasil, o Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a data deve movimentar cerca de R$ 30 bilhões em 2025, com aumento de 20% nas vendas de flores, perfumes, joias e eletrônicos. Campanhas publicitárias, como as da Natura e O Boticário, apelam às emoções com mensagens sobre o amor materno, enquanto restaurantes registram lotação para almoços em família. Essa força comercial, embora criticada por Anna Jarvis, reflete a relevância da data na economia moderna.
Reflexão Social
Além do impacto econômico, o Dia das Mães tem estimulado debates importantes. A data destaca os desafios enfrentados pelas mães, como a conciliação entre trabalho e família, a falta de apoio para mães solo e a necessidade de políticas públicas, como licença-maternidade estendida e creches acessíveis. No Brasil, onde 11,6 milhões de lares são chefiados por mulheres, segundo o IBGE, a celebração também é uma oportunidade para reconhecer a resiliência das mães em contextos adversos. Movimentos nas redes sociais, com hashtags como #MãesQueInspiram, amplificam essas discussões, tornando a data um momento de reflexão e ação.
Uma Celebração que Une Gerações
O Dia das Mães é mais do que uma data no calendário — é uma celebração que conecta o passado ao presente, unindo tradições antigas, lutas pessoais como a de Anna Jarvis e a realidade vibrante do Brasil contemporâneo. De cultos gregos a almoços em família, a data celebra o amor universal pelas mães, enquanto nos convida a refletir sobre seu papel na sociedade. Em 11 de maio de 2025, ao presentear sua mãe ou compartilhar um momento especial, lembre-se dessas curiosidades que tornam o Dia das Mães tão único.
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